quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Abrir os olhos ?

Quando enxergamos a realidade, descobrimos que o mundo não é mais mundo, só mais um ponto no espaço. Descobrimos que não somos mais o centro do universo e que já não somos únicos. Descobrimos que amar não é divino, pois sempre que amamos quebramos a cara. Descobrimos que nunca estaríamos com as mesmas pessoas e que só amamos realmente uma vez na vida. Descobrimos que a confiança é traiçoeira e o que achamos verdadeiro é a pior mentira. Descobrimos que não existe amizade, é só um pretexto para não estarmos sós, que tudo que damos valor um dia irá embora, que a vida é mais aterrorizante do que a morte. Descobrimos que um sorriso não expressa alegria e o olhar já não diz a verdade. Descobrimos que são enormes nada além de um grão de areia no deserto... ou menores. Descobrimos que estar bem é ser belo, não para você, mas para os seus semelhantes. Descobrimos que a ilusão é tudo que somos e talvez a solidão seja o melhor caminho, passamos a não acreditar mais em Deus, morremos e nossos corpos são esquecidos apodrecendo embaixo da terra, nos escondemos e nossas palavras não possuem mais sentido. Começam a nos chamar de loucos, infames, psicopatas. Nos incriminam e nos prendem em jaulas, cortam nossa língua para não dizermos o que sabemos. E descobrimos que a saudade é infinita e que a esperança pouco dura. Descobrimos que sonhar é mais gratificante e que viver na ilusão é melhor do que abrir os olhos.

Para onde as coisas simples foram?

Não escrevo muito. Esta era a regra. O relógio marcava o tempo, o vento marcava a janela, mas a caneta não marcava o papel. Vagamente arrastando o olhar pesado e perdido para fora, conseguiu de longe enxergar um casal de pássaros construindo um ninho em um galho de árvore. Eles cantavam sutilmente, já que todas as coisas descomplicadas são pequenas, simples e felizes. Fechando os olhos para criar uma foto mental do que tinha acabado de ver, por um instante esqueceu dos problemas, do papel e da caneta para fazer uma simples pergunta: 'Para onde as coisas simples foram?''. As pessoas ao seu redor estremeceram, e não lhe restou outra opção a não ser pedir desculpas. De repente, no meio do seu sutil devaneio, escutou algo que não era tão simples quanto o mundo que estava idealizando: o silêncio. O canto dos pássaros já não chegava a seus ouvidos. Levantou-se e foi até a janela descobrir o porquê. Duas crianças, rindo, seguravam estilingues nas mãos. O casal de pássaros estava morto - e seu ninho, nem terminado. Uma vaga lágrima escorreu no rosto daquele que nunca chorava: finalmente, por um simples fato, ato do acaso, da coincidência ou do destino, ele compreendera a resposta para sua pergunta.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sinceridade

Fingir sentimentos, demonstrar alegria mesmo que se queira chorar, agradecer presentes mesmo quando agente detestou aquelas meias horrorosas, receber visitas e dizer que tá cedo quando o que mais se quer é que elas vão embora. É isso que o mundo nos ensina, é isso que nossos pais nos ensinaram e é o que vamos ensinar aos nossos filhos. As pessoas não estão acostumadas com sinceridade, mesmo as que se dizem mais sinceras, por mais que alguém seja forte, existe um dia em que todos os sonhos desse alguém começam a desmoronar, como um castelo de areia ao sentir uma onda forte, mas nos ensinaram a fingir tão bem durante todo esse tempo, desde quando nascemos que as vezes agente tá com o coração em pedaços e prefere contar piadas pra ver todos os amigos sorrirem, mesmo os amigos mais chegados, os que consideramos irmãos as vezes não notam a tristeza em nosso olhar, o qual preferimos esconder, fechando os olhos pra algumas coisas, abaixando a cabeça pra outras e assim vamos relevando, vamos sobrevivendo. Perdemos tanto tempo com isso, respirando por respirar, levantando por levantar, sorrindo forçado... sobrevivendo, que quando percebemos, a vida passou depressa, como aquele filme legal que costumamos ver com os amigos no cinema mas que em diversas partes nos dá vontade de chorar. Isso é a vida de muitos: pura atuação. Ás vezes pra chorar, às vezes pra fugir dos problemas, mas na maioria delas, pra ver os outros chorarem. Porém não somos assim por vontade própria, foi a "educação" que recebemos, de que gritar com os mais velhos é feio e roupa suja se lava em casa. Tá na hora de parar de levar esses ensinamentos a diante, por uma futura nova geração menos falsa, que demonstre mais seus sentimentos e que deixe de sofrer por tanto tempo calados.

Felipe

Hoje mais do que nunca, eu posso dizer com toda a certeza, que você é a pessoa que eu mais amo, a mais importante da minha vida. Todo esse tempo em que nos distanciamos, eu pude perceber tamanha falta que você me faz. Me sinto tão vazia, sozinha, incompleta em todos os aspectos (...), longe de ti. Fico pensando em você a todo o momento...; me perguntando sobre o que você deve está fazendo, pensando, de como você deve está (...). Eu peço que os dias passem rapidamente, para poder voltar correndo para seus braços. Eu jamais amei alguém assim como eu amo você. Meu mundo gira totalmente e exclusivamente em torno de ti. Felipe, meu único, verdadeiro e eterno amor!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Saudade

Sentimento indescritível. É tão ruim não está perto das pessoas que amamos. É doloroso o distanciamento. Não há palavras que possam explicar o quanto doí sentir a falta de alguém. Ao estarmos longe dos amigos verdadeiros e da pessoa amada, nosso interior fica em um vazio imenso. Muitas vezes nada do que fazemos tem algum sentido. Pois o sentido total, querendo ou não, está ligado unicamente e absolutamente às pessoas amadas. Saudade, palavra tão incoerente. Simples e complexa. Simples pelo fato de ser muito fácil de se sentir. Complexa, porque tem como consequências coisas boas ou ruins. Complexa por nos deixar em total confusão e atordoamento exterior e interior. Eis para mim o que significa um pouco a saudade. Saudade de tudo. Do amor, da amizade, do lazer, da tranqüilidade (...). Saudade da essência da vida.